segunda-feira, 7 de maio de 2012

Caos e revolta no Centro Pediátrico da Unimed na Aldeota


Alguns pais acabaram invadindo a área dos consultórios pediátricos. As pressões deram resultado, mas não o suficiente para desafogar o atendimento.
Por: Kyara Aires

Revolta, indignação e impaciência contaminaram pais e mães que levaram suas crianças para serem atendidas, no Centro Pediátrico da Unimed, nas últimas 24h, que funciona na Rua Padre Chevalier – entre as ruas Rui Barbosa e Monsenhor Bruno – na Aldeota, em Fortaleza.

Após o meio-dia deste sábado (5), alguns pais tiveram que enfrentar 10h de espera para serem atendidos. Uma senhora chegou às 16h, mas só assistiu a filha de 1 ano e 5 meses ser atendida às 22 horas. A situação também foi vivida por outras famílias neste final de semana.
Alguns pais chegaram a invadir, ainda na noite deste sábado, a área de consultórios pediátricos. As pressões deram resultado e o atendimento ganhou ritmo, não o suficiente para desafogar a grande demanda. Já nas primeiras horas deste domingo (6), a sala de espera estava lotada com cerca de 60 crianças que aguardavam atendimento. A situação era caótica e apenas dois médicos estavam de plantão.
Uma médica com 35 anos de atuação, diante do clamor das famílias, saiu para sala de recepção e pediu mais paciência aos pais. Ela informou que estaria comunicando à direção da Unimed o grande número de crianças e restrito quadro médico.
No início do discurso, pessoas começaram a manifestar insatisfação e cobrar melhor atendimento. Também houve quem se solidarizasse diante da impotência da profissional para resolver um problema de omissão de responsabilidade da cooperativa.
As reclamações contra Unimed têm se expandido na mesma direção do número de novos clientes. A cooperativa, que também enfrenta embate com médicos credenciados que se queixam da baixa remuneração na execução de exames, não tem estrutura para atender o crescente numero de pacientes.
“A situação é de extremo caos. A Unimed tem sido omissa para resolver problemas com usuários, ao mesmo tempo em que os órgãos de fiscalização são omissos para multar a cooperativa pela má qualidade dos serviços prestados a comunidade”, queixa-se o pai de uma criança que chegou as 8 h e encontrou mais de 50 pessoas com crianças na fila de espera.
Os pais vivem a expectativa de diagnóstico entre doenças respiratórias, viroses e até suspeita de dengue.

FONTE: CEARÁ AGORA

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