Em Quixadá a obra caminha lentamente e no último dia 19 completou dois anos. O prazo era de um ano para conclusão.
O descaso com a saúde pública na região do Sertão Central cearense é visível, esta por sua vez, é sempre a última a receber qualquer beneficio vindo do governo do Ceará, as demais regiões do Estado já estão com as suas policlínicas funcionando normalmente, bem como a região do Cariri com um mega hospital e o da região Norte preste a ser inaugurado, mas no Centro do Ceará o hospital regional que será em Quixeramobim está sem data de ter as obras iniciadas. Sobre as duas policlínicas regionais em Canindé e Quixadá só resta o prédio.
Cinco policlínicas regionais, com as obras já prontas, estão sendo equipadas para inaugurações em Acaraú, Aracati, Icó, Itapipoca e Russas. Todas têm o mesmo perfil de assistência, garantindo à população na própria Região onde mora acesso a consultas e exames em 10 especialidades médicas: oftalmologia, otorrinolaringologia, clínica geral, cardiologia, ginecologia, mastologia, cirurgia geral, gastroenterologia, urologia, traumato-ortopedia.
“As especialidades foram definidas para atender as necessidades da população evidenciadas nas maiores filas de espera das centrais de regulação do Estado e dos municípios e ainda pelos indicadores epidemiológicos”, afirma o secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos. Ele observa que “a estrutura das policlínicas, assim como de toda a nova rede de assistência em construção pelo governo do Estado, incluindo também quatro hospitais regionais, 48 UPAs 24h e 18 CEOs regionais tem padrão de qualidade para promover melhores condições de trabalho aos profissionais e de acolhimento e atendimentos aos pacientes”. O secretário destaca que “é regra do governo do Estado só entregar à população unidades de saúde com estrutura de qualidade e equipamentos modernos”.
Em equipamentos, o investimento é de R$ 3,1 milhões nas Policlínicas tipo I, com as 10 especialidades. Nas Policlínicas tipo II, com 13 especialidades, acrescidas de endocrinologia, angiologia e neurologia, e exames de tomografia computadoriza, eletroencelograma e endoscopia respiratória, o Governo do Estado investe R$ 5 milhões em equipamentos.
Além de atendimento médico, nesses equipamentos a população tem acesso a serviços de radiologia convencional, mamografia, ultrassonografia, endoscopia digestiva, ecocardiografia, ergometria, eletrocardiograma, audiometria, coleta de patologia clínica, enfermagem, farmácia clínica, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, assistência social e ouvidoria.
Funcionando
Nas regionais de Baturité, Tauá, Camocim e Pacajus a população já tem atendimento nas Policlínicas. Na policlínica regional em Baturité em 11 meses de funcionamento, a partir de abril de 2011, foram realizados 14.520 atendimentos. Somente no último mês de dezembro o total de exames ofertados chegou a 1.834. Só de raio X foram 568. O número de mamografias atingiu 404. Ficou em 260 o total de exames de audiometria. Antes da policlínica não havia oferta desses serviços na rede pública na região. A população da regional de Baturité, que inclui ainda os municípios de Aracoiaba, Aratuba, Capistrano, Guaramiranga, Itapiúna, Mulungu e Pacoti passou a realizar lá mesmo exames antes feitos apenas na rede pública da capital.
Além dessas quatro em funcionamento e das cinco que estão com as obras concluídas e sendo equipadas para serem entregues à população, o governo do Estado está construindo policlínicas regionais em Barbalha, Brejo Santo, Canindé, Campos Sales, Caucaia, Crateús, Iguatu, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Quixadá, Tianguá e Sobral. Em Crato, onde no ano passado o governo do Estado decidiu também construir policlínica, as obras serão iniciadas.
Fonte: www.revistacentral.com.br