Um tumulto em uma ponte superlotada de pedestres em Phnom Penh, capital do Camboja, deixou 339 mortos nesta segunda-feira (22), informou o premiê do país, Hun Sen, já na madrugada desta terça. Segundo ele, há 329 feridos, e o número de vítimas ainda pode aumentar. A maior parte das vítimas morreu por afogamento ou esmagadas no tumulto.
O acidente ocorreu enquanto milhões de pessoas ocupavam as ruas da cidade para comemorar o último dia do Festival da Água. Pelo menos 240 das vítimas são mulheres, segundo uma reportagem da TV Estatal, que indicou mais cedo haver 278 mortos. Na TV estatal, o primeiro-ministro pediu desculpas pelo desastre, apresentou condolências às famílias de vítimas e disse que as causas da tragédia ainda são desconhecidas.
Os corpos foram colocados fora da ponte, que liga Phnom Penh a Diamond Island, uma pequena ilha onde eram realizadas festividades para marcar o final dos três dias do festival anual. Muitas pessoas caíram no rio Tonle Sap durante a confusão, segundo testemunhas.
Cambojanos empurram-se durante tumulto sobre ponte na capital nesta segunda-feira (22). Cambojanos empurram-se durante tumulto sobre ponte na capital, Phnom Penh, nesta segunda-feira (22). (Foto: AFP)
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Dezenas de pessoas estavam reunidas na porta do hospital Calmette da cidade, onde vários feridos eram atendidos. Muitos dos que participavam do festival estavam em lágrimas, afirmou um jornalista da France Presse que acompanhava a celebração.Testemunhas relatam que a confusão começou na ponte mesmo. "Estávamos cruzando, quando as pessoas começaram a empurrar do outro lado", disse Kruon Hay, de 23 anos. "Havia muitos gritos e pânico, as pessoas começaram a correr, e caíam uns sobre os outros. Eu também caí. Se sobrevivi, foi porque alguém me levantou. Muitos pularam na água", disse. "É a maior tragédia que já vimos", disse Sok Sambath, governador de Daun Penh, o distrito em que ocorreu o incidente.
Milhares de pessoas se reuniram na capital nos últimos três dias para participar das regatas anuais, de shows e para assistir à queima de fogos de artifício. O festival anual, um dos maiores e mais exuberantes do Camboja, marca a inversão do fluxo entre os rios Tonle Sap e Mekong. Também é visto como uma forma de agradecer ao rio por ter dotado o país de terras férteis e abundância de peixe. O premiê disse que uma comissão vai ser criada para investigar as causas do acidente.
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