A presidente eleita, Dilma Rousseff disse no último sábado, que o próximo ministro da Saúde terá o perfil técnico. A declaração foi feita durante almoço com médicos e especialistas da área de saúde, na capital paulista. A petista garantiu essa intenção a pelo menos cinco convidados presentes no evento e destacou que credenciais políticas não são suficientes para qualificar alguém para o posto, que, segundo ela, demanda também experiência na área.
A presidente eleita participou de encontro com 26 especialistas e professores da área de saúde, evento promovido na residência do cardiologista Roberto Kalil Filho, do Hospital Sírio-Libanês. O médico coordenou a equipe que tratou Dilma Rousseff de um câncer linfático, no ano passado, e é cotado para assumir o Ministério da Saúde. Dilma foi ao almoço acompanhada pelo deputado federal Antônio Palocci (PT-SP), outro nome cogitado para a pasta.
A presidente eleita discutiu com os presentes, em tom informal, propostas na área de saúde e ouviu sugestões nas áreas de financiamento e gestão. Os convidados comentaram na saída do evento que a petista mostrou bastante interesse pelo tema e teria sinalizado que a saúde seria uma das prioridades de sua gestão à frente do Palácio do Planalto. Dilma recebeu elogios até mesmo da titular da Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Linamara Batisttella, indicada para o posto pelo ex-adversário da petista na disputa presidencial, o ex-governador José Serra (PSDB). A secretária negou que a presidente eleita tenha falado em nomes para o Ministério da Saúde durante o almoço, mas salientou que todos os presentes no evento gostariam que Roberto Kalil Filho fosse o indicado para o cargo.
O almoço durou três horas e contou com as presenças, entre outros, do presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS), Maurício Ceschin, o médico cancerologista Drauzio Varella, o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do Amaral, e o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d´Ávila, além do presidente do conselho diretor do Instituto do Coração de São Paulo (Incor-SP), a médica Noedir Stolf.
A presidente eleita cumpriu promessa que teria sido feita durante a campanha eleitoral a Roberto Kalil de ser reunir com especialistas da área de saúde, caso fosse eleita, para discutir políticas a serem adotados em sua gestão
diariodonordeste.globo.com
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